terça-feira, janeiro 17, 2006

Esclerose

Dogmática luz do meu encanto
Formal ensinamento do esmero
Arrancou ritmada pelo espanto
Hábitos de turvo desespero

Incrédula a força da dicção
Partiu desmandos oculta sorte
Firmada em ofensas da sucção
Pensou mais absurda ser a morte

Fantasia trouxe então à mente
Arroxada a veia do implante
O contraste coube-lhe somente
Por do saber estar já tão distante

Melhor seria ser subornada
A inválida sorte do desvelo
Que sobre a torta carbonatada
Balançar a cor do corpo em pêlo.

E ainda a tensão é começada
Já o trote quente do cavalo
Torna-me o saber que não sei nada
Arrancar, comê-lo ou travá-lo.

Umbelina

3 comentários:

Fausta Paixão disse...

Sra. Dona Umbelina pois as ofensas da sucção não podem ficar assim sem vingança. Aconselho-a a arrancar já isso da boca ou ainda se engasga!

Umbelina disse...

Deixam-me as suas palavras, Fausta, uma elevada e fulminante emoção. Não me iludo no entanto. Sei que sou capaz de elaborar melhores e mais efusivos poemas se a isso me inclinar e dedecar. Mas o seu denudado aplauso, enche-me a alma de arritmias de ansiedade. Bem haja.

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

"Hábitos de turvo, Partiu desmandos, E ainda a tensão é começadaJá o trote quente do cavalo
Torna-me o saber que não sei nada
Arrancar, comê-lo ou travá-lo."

desta bez perssebi: o puema é sobre carros! mas umbelina, os cabalos são do motor, e esses num se comem! o jakim deicha passare cada erro!