sábado, janeiro 21, 2006

Papeira

Celestes e infinitas vestes do firmamento
Paulatinas debandadas da sufragada função
Fundamentam as faces delirantes do ser
Em drásticas labaredas de dor e emoção

Petardos cobrem a angústia, sombra luminosa
Regidos por violentas dunas áridas de repente
Soletradas pelas iras toldadas dos tinhosos
Que da cátedra descem soltos lentamente

Ó ágeis mancebos das tristes vitórias loucas
Passem vossos doces momentos aguerridos
Em urnas trituradas pela augusta morte
Saltitante de horror, louvor, fervor e gritos.

Umbelina

1 comentário:

Chulé disse...

Ai Dona Umbelina, que requinte. Até dá gosto ler. Quais urnas? A minha avozinha Eufrásia já comprou uma, para quando morrer. Mas ela é tão gorda que custou uma fortuna. Guarda-a debaixo da cama e todos os dias a experimenta, a ver se ainda serve. Mas aqueles tremeliques que ela tem, desde o dia em que a minha mãe perdeu o vibrador, fazem mal à madeira que está a ficar inchada. Ela diz que é da humidade, mas eu não acredito.
Já agora, a senhora que é tão culta, sabe-me explicar o que é um vibrador? É que eu perguntei à minha mãe e ela... bateu-me. Fiquei sem saber.
Bem haja.